quarta-feira, 19 de novembro de 2008

DIALETOS DO SUDESTE BRASILEIRO



dialeto paulista

Existem muitas diferenças dentro do mesmo estado. Os paulistanos falam de uma maneira, já o pessoal das cidades do interior, de outra, que também diferem entre si.
Algumas cidades tiveram influência americana, enquanto que o dialeto paulistano teve uma forte influência da colonização européia.
A peculiaridade na pronúncia da letra R talvez seja o maior símbolo da fala de cidades do interior de SP.
Confira o significado de alguns termos usados em São Paulo:
farol = semáforo, sinaleira
guia = meio fio
holerite = contra-cheque
carta de motorista = carteira de motorista
mandioca = macaxeira, aipim
mexerica = tangerina, bergamota, laranja-cravo
mina = menina, garota, namorada
bornal = saco para carregar mantimentos ou alimentos, embornal

dialeto mineiro

A característica do dialeto mineiro apareceu durante o século XIX, após a decadência da mineração, quando o estado foi largamente esquecido, com seu acesso ao mar bloqueado por florestas e altas montanhas. Devido a esse isolamento o estado sofreu influência do dialeto do Rio de Janeiro no sudeste, enquanto o sul e a região do Triângulo Mineiro passou a falar o dialeto caipira, de São Paulo. A região central de Minas Gerais, contudo, desenvolveu um dialeto próprio, que é o conhecido dialeto mineiro.
Características;
O dialeto mineiro apresenta as seguintes particularidades fonéticas:
* Apócope das vogais curtas: parte é pronunciado part' (com o "t" levemente sibilado).
* Assimilação de vogais consecutivas: o urubu passa a ser u rubu.
* Apócope do "r" final: cantar se pronuncia cantá.
* Somente o artigo é flexionado no plural, à semelhança do caipira: os livros é dito oz livru. Meus filho se pronuncia meus fiu.
* Permutação de "e" em "i" e de "o" em "u" quando são vogais curtas
* Contração freqüente de locuções: abra as asas passa a ser abrazaza.
* Alguns ditongos passam a ser vogais longas: fio converte-se em fii, pouco é dito poco.
* Algumas sílabas são fundidas em outras. -lho passa a ser i (filho ==> fii), -inho converte-se em -inh (pinho ==> pinh).
* "r" é pronunciado como uma consoante aspirada: rato.
* Sonorização do "s" final antes de vogal.
* Ditongação de vogais longas: paz se pronuncia paiz

Dialeto fluminense

Dialeto fluminense é um dialeto do português falado no estado brasileiro de Rio de Janeiro e nas regiões limítrofes com os estados vizinhos.
Sua origem encontra-se em algumas regiões portuguesas, de acentuações orais de Portugal da época da colonização portuguesa, possivelmente mais acentuada depois da vinda da corte ao Brasil, no início do século XIX.
Características
a) palatização do l (lh), do d (dj) e do t (tj) antes de i ou e reduzido. "lhinha", em vez de linha "lhi" em lugar de li(daí o trocadilho que pode ser feito entre as palavras "velhinha" e "velinha"; "djia" em vez de dia, "antigamentchi", em vez de antigamente.
b)redução dos semiditongos ou ditongos crescentes a hiatos. Italiano em vez de "Italyano"; social em vez de "socyal"; solucionar ou invés de "solucyonar"
c) palatização do s (sh)no final de sílaba: "ash", em lugar de as; "meiosh" em lugar de meios.
d) transformação do r (líquido) em aspirado (h), no final da sílaba: "adorah" em vez de adorar; "ihmos" ao invés de irmos; "cahu", em lugar de carro.
e) A semivocalização discreta do l posvocálico, no final de sílaba, em w (u): "maw" (mal), "hohívew" (horrível), "infantiw" (infantil), "sów" (sol), "azuw" (azul). A prova deste fato pode ser feita fazendo-se seguir a uma dessa palavras outra iniciada por vogal; vê-se que o l desaparece, dando lugar a um u: o azul-anil é uma cor linda (U azuwanil é uma coh lhinda)
Não existe no carioca e no fluminense as sílabas di, li e ti, mas sim, dji, lhi e tchi; nem a ditongação paulista dos hiatos: "Lwiz" (Luís), Riu (Rio), tiu (tio)ou do "e" nasal tônico: "veyndo" (vendo), "aprendeyndo" (aprendendo), nem o r (enrolado)no final de sílaba. Assim, a frase "Monsenhor Artur Aguiar é nosso Bispo auxiliar", soa, no carioca-fluminense, como "Monsenhoh Ahtuh Aguiah é nossu Bispu Auxiliah", enquanto o paulista diria: "Monsenhor' Ar'tur' Aguiar' é nosso Bispo Auxiliar'"
O l nunca se transforma num r, nem o lh num y: Mulher malvada (Mulyeh mawvada = carioca-fluminense) (Muyé marvada = caipira).

Dialeto capixabaAlinhar ao centro

O capixaba não é famoso pela sua forma de falar, mas mesmo assim...
Eles costumam dizer pocar em vez de encher.Exemplo;
“Vou te pocar de porrada.”
Porém concentra-se em seu sotaque a influência mineira e fluminense.

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